domingo, 16 de outubro de 2011

MNBA

A Reinauguração da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX

Exposição permanente mais antiga do Rio de Janeiro está de volta ao publico

Batalha do Avaí - Pedro Américo
Batalha do Avaí - Pedro Américo
Fechada para obras de reforma desde 2008,  a nova Galeria de Arte Brasileira do Século XIX vai ser reinaugurada no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC, no próximo dia 17 de fevereiro, às 18h,  com a presença da ministra da Cultura,  Ana de Hollanda.
A importância do evento pode ser medida pelo fato de a Galeria de Arte Brasileira do Século XIX concentrar  num só espaço nada menos do que os mais significativos autores e obras produzidas no século XIX no Brasil.  Não bastasse isso,  trata-se da galeria de arte permanente mais antiga do Rio de Janeiro, pois no inicio do século XX, abrigava uma seleção da pinacoteca da Escola Nacional de Belas Artes,cujo acervo, em parte,  foi mais tarde transferido para o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC.
Dentro da imensa Galeria de Arte Brasileira, provavelmente a maior do Brasil,  com 2 mil metros² e 8 metros de pé direito,  estarão em exibição 230 trabalhos,  ou seja,  100 a mais do que a versão anterior.  A coleção engloba pinturas,  esculturas,  arte sobre papel e mobiliário, todos restaurados para a mostra.
O espaço foi reformulado segundo um novo conceito  crítico e expográfico  e vai espelhar uma renovada concepção museológica.  A reforma do espaço,  a pesquisa realizada buscou os padrões da pintura original,  da mesmo forma como a recuperação dos vidros e maçanetas. 
Entre os destaques estão icones da artes visuais como “Batalha do Avai”,  de Pedro Américo(medindo 66 m², data:1872/1877) ;  “Batalha dos Guararapes”(com 50 m²,  data: 1879) e “Primeira Missa no Brasil”(1860),  ambas de Vitor Meireles. Além destas obras monumentais,  a mostra vai exibir  “Más noticias”, de Rodolfo Amoedo(1895);  “Descanso da modelo”,  de Almeida Junior(1882),   “Gioventu”,  de Eliseu Visconti(1898), além de esculturas  como “Cristo e a mulher adúltera”,  de Rodolfo Bernardelli(1888); “O rio Paraíba do Sul”, de Almeida Reis(1886);  e  “Alegoria do Império Brasileiro”,  de Chaves Pinheiro(1872).  Além disso estão presentes trabalhos assinados por Belmiro de Almeida,  Debret, Agostinho da Mota, Taunay, Araújo Porto Alegre, Zeferino da Costa, Castagneto, Antonio Parreira,  Henrique Bernardelli, Facchinetti, e Estevão Silva,  dentre dezenas de outros.
Algumas curiosidades cercam esta exposição permanente:  a  tela “São Pedro de Alcantara”(autor desconhecido) vai poder ser vista pela primeira vez,  enquanto que a pintura  “O remorso de Judas”,  de Almeida Junior,  volta às paredes da Galeria depois de 60 anos. O último segmento da Galeria ganhou um espaço para abrigar obras de arte sobre papel,  como aquarelas de Rodolfo Amoedo e de Henrique Bernardelli,  por exemplo.
Conforme lembra o curador Pedro Xexéo,  já de algum tempo está havendo  uma revisão conceitual  da historiografia artistica internacional,  sendo assim a  arte “academica” produzida no Seculo XIX tem sido revista e alguns autores estão sendo redescobertos. Em função desta percepção,  varios nomes presentes na Galeria de Arte Brasileira do Seculo XIX  apresentam um perfil de notavel dominio tecnico e artistico, qualidades que  contribuiram  para o aprimoramento da arte daquele periodo e que somaram na introdução da modernidade brasileira.
Traçando um roteiro da exposição,  o museólogo Pedro Xexéo afirma que  “procura-se esboçar nesta galeria o retrato mais aproximado da evolução da arte produzida durante o século XIX no Brasil. Desenrola-se um vasto panorama que narra, pouco a pouco,  seus capitulos significativos,  compreendidos entre a segunda década do século XIX e os anos iniciais do seculo XX. Sucedem-se esculturas e pinturas que ilustram não só os estilos tradicionais – o neoclassicismo, o romantismo brasileiro e algumas de suas variantes, como o realismo, o esboço de uma arte simbolista e um exemplar temporão do impressionismo – como também os generos tipicos da arte oitocentista: aquele inspirado por eventos historicos,  o retrato, a cena de genero,  a natureza-morta, a paisagem de ateliê e ainda, sua contrapartida realista,  a paisagem ao ar livre,  nascida fora das academias”.
A restauração da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX do Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC contou com o aporte financeiro de instituições e órgãos como a Petrobras, o BNDES, o Banco Itaú, a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo, além de recursos diretos do Ministério da Cultura.
Serviço:
Reabertura da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX
Terça a sexta,  de 10/18h;  sabado,  domingo e feriado: 12/17h
Endereço do MNBA:  Avenida Rio Branco,  199 – Cinelândia - Visite o site:
  http://www.mnba.gov.br/

Caixa Cultural Rio

A Arte de Manuel Messias

6 de setembro a 30 de outubro de 2011

Exposição com base no acervo de duas coleções particulares mostra as obras de uma mente conturbada
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 6 de setembro a 30 de outubro, a exposição “Manuel Messias nas coleções Gutman e Kornis”. A mostra reúne 72 obras, em sua grande maioria xilogravuras. Esse conjunto representa uma importante parte da obra desse artista, e é uma rara oportunidade para se apreciar trabalhos, infelizmente, pouco presentes nos acervos públicos do Brasil.
Além desses trabalhos, é apresentado ao público um conjunto relevante de informações sobre o artista, resultante de pesquisa em jornais, entrevistas e nos arquivos do Instituto Philippe Pinel, do Instituto Franco Basaglia e do Instituto de Psiquiatria (IPUB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A realização dessa mostra só foi possível graças à cooperação entre duas coleções privadas de arte, que durante muitos anos reúnem informações e obras de Manuel Messias.
Trata-se de uma exposição realizada dez anos após o falecimento do artista, e ela apresenta uma obra potente e também uma trágica biografia. Essa mostra está orientada para proteger do esquecimento essa importante obra gráfica.
A obra de Messias, desenvolvida desde os anos 1960 até o início do século XXI, é fundamentalmente uma obra gráfica, ou mais especificamente, uma obra xilográfica de importância capital na história da gravura produzida no Brasil.
O artista, sua obra e sua vida:
Manuel Messias foi aluno de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), no início dos anos 1960, e foi por ele orientado para a produção de xilogravuras. Desde então, Messias construiu uma obra de intensa expressividade e de uma singular marca autoral, que logo foi reconhecida, nacional e internacionalmente, como de excelência.
Nos anos 1970, Manuel Messias introduziu importantes inovações, estéticas e técnicas, no campo da gravura, e seu reconhecimento como artista se aprofundava. Na década seguinte, esse processo avançou, mas sua vida assumiu uma dimensão trágica, na qual se combinavam sofrimento psíquico e pobreza material.
Nos anos 1990, sua obra praticamente cessa, em função do agravamento das precárias condições materiais e psíquicas do artista. Nesse momento, Messias ganha as páginas dos jornais, que destacavam a sua condição de morador das ruas e de paciente psiquiátrico. A tragédia de Messias mobilizou diversas pessoas e chegou a gerar o movimento SOS Messias, que foi coordenado pelo sociólogo Herbert de Souza – o Betinho.
Manuel Messias faleceu em 2001, mais de uma década após uma sofrida agonia, que acentuou a vulnerabilidade da obra de um artista negro, pobre e doente física e mentalmente.
Serviço:
Manuel Messias nas coleções Gutman e Kornis
CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 2. Avenida Almirante Barroso, 25, centro (estação metrô Carioca). Tel.: (21) 2544 4080. 6 de setembro a 30 de outubro de 2011, de terça a sábado das 10h às 22h e domingos das 10h às 21h. Entrada Franca. Classificação: Livre.
Acesso a portadores de necessidades especiais

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

20 a 23 de Outubro. Estação Leopoldina, Rio de Janeiro.
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E com muita CULTURA POP.
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Dia da Animação

 28 DE OUTUBRO - DIA INTERNACIONAL DA ANIMAÇÃO 2011